Na tradição oral portuguesa, a expressão idiomática “banha da cobra”, significa amiúde, logro, mentira, embuste.
Era comum encontrar nas feiras e mercados, quem vendesse este unguento milagroso que resolvia todos os males.
Em muitas das nossas campanhas eleitorais a banha da cobra readquire o seu lugar na relação com o “cliente”, neste caso o cidadão eleitor, entenda-se.
Vem tudo isto a propósito do oportuno anúncio feito pela ARS de que o Hospital de Loures “arrancará ainda este ano. Oportuno, tendo em conta o calendário eleitoral. “Talvez lá para Novembro…” Oportuno, tendo em conta que o último acto eleitoral é a 11 de Outubro.
Talvez, não tenha havido Ministro da Saúde nos últimos 12 anos que não tenha anunciado a construção do Hospital de Loures. Já se perdeu a conta à quantidade de protocolos, declarações solenes, manifestação pública de intenções que atestavam que agora é que é, mas ainda não foi.
O Hospital de Loures é um equipamento fundamental para a melhoria da prestação de cuidados médicos à população de Loures. Utilizar esta necessidade e a sua urgência deste modo é desonesto.
Nos últimos anos o caminho trilhado, tem sido o oposto do anunciado. O encerramento dos CATUS, nomeadamente no Prior Velho e Santa Iria de Azóia e o afunilamento de cerca de 150 000 habitantes no velho CATUS de Moscavide penaliza profundamente a população e em especial os mais idosos.
A não instalação do CATUS no Centro de Saúde de Sacavém, como estava previsto e muitas vezes anunciado, continua a deixar a cidade sem um serviço fundamental para uma comunidade marcada pelo envelhecimento da sua população.
A falta de investimento nos últimos anos em meios humanos e materiais, mantém em valores altíssimos a cifra desta categoria bizarra que são os “utentes sem médico de família”.
Recentemente, uma utente do Centro de Saúde de Sacavém, durante uma acção da CDU, criticou o arquitecto que concebeu o Centro de Saúde! Segundo a senhora, não percebia como é que o edifício não tinha uma pala ou uma sacada, onde as pessoas, que se começam a juntar a partir das 04h00 da manhã, para conseguirem ter uma consulta se possam abrigar!
O incómodo é justo, mas não deve recair sobre o arquitecto, que apenas concebeu um edifício, no qual pensava iriam funcionar serviços eficientes e bem organizados, que dessem resposta às necessidades das pessoas.
No centro de Saúde de Sacavém, a degradação dos serviços aos utentes da cidade é de tal ordem, que neste momento, um utente que queira marcar uma consulta, a prazo, daquelas em que se espera uns meses, não o pode fazer. Delicadamente, é informado que só se aceita marcações a partir de Setembro… Para que fique claro! Só em Setembro é que se pode lá ir marcar a consulta! Para quando… Isso logo se vê… Depende das vagas.
Daqui até Outubro, muitos dos problemas reais das pessoas, que durante os últimos quatro anos não tiveram resposta, serão o alvo de anúncios muitos, boas intenções, ainda mais. A banha da cobra já está disponível, quem quer comprar?
Era comum encontrar nas feiras e mercados, quem vendesse este unguento milagroso que resolvia todos os males.
Em muitas das nossas campanhas eleitorais a banha da cobra readquire o seu lugar na relação com o “cliente”, neste caso o cidadão eleitor, entenda-se.
Vem tudo isto a propósito do oportuno anúncio feito pela ARS de que o Hospital de Loures “arrancará ainda este ano. Oportuno, tendo em conta o calendário eleitoral. “Talvez lá para Novembro…” Oportuno, tendo em conta que o último acto eleitoral é a 11 de Outubro.
Talvez, não tenha havido Ministro da Saúde nos últimos 12 anos que não tenha anunciado a construção do Hospital de Loures. Já se perdeu a conta à quantidade de protocolos, declarações solenes, manifestação pública de intenções que atestavam que agora é que é, mas ainda não foi.
O Hospital de Loures é um equipamento fundamental para a melhoria da prestação de cuidados médicos à população de Loures. Utilizar esta necessidade e a sua urgência deste modo é desonesto.
Nos últimos anos o caminho trilhado, tem sido o oposto do anunciado. O encerramento dos CATUS, nomeadamente no Prior Velho e Santa Iria de Azóia e o afunilamento de cerca de 150 000 habitantes no velho CATUS de Moscavide penaliza profundamente a população e em especial os mais idosos.
A não instalação do CATUS no Centro de Saúde de Sacavém, como estava previsto e muitas vezes anunciado, continua a deixar a cidade sem um serviço fundamental para uma comunidade marcada pelo envelhecimento da sua população.
A falta de investimento nos últimos anos em meios humanos e materiais, mantém em valores altíssimos a cifra desta categoria bizarra que são os “utentes sem médico de família”.
Recentemente, uma utente do Centro de Saúde de Sacavém, durante uma acção da CDU, criticou o arquitecto que concebeu o Centro de Saúde! Segundo a senhora, não percebia como é que o edifício não tinha uma pala ou uma sacada, onde as pessoas, que se começam a juntar a partir das 04h00 da manhã, para conseguirem ter uma consulta se possam abrigar!
O incómodo é justo, mas não deve recair sobre o arquitecto, que apenas concebeu um edifício, no qual pensava iriam funcionar serviços eficientes e bem organizados, que dessem resposta às necessidades das pessoas.
No centro de Saúde de Sacavém, a degradação dos serviços aos utentes da cidade é de tal ordem, que neste momento, um utente que queira marcar uma consulta, a prazo, daquelas em que se espera uns meses, não o pode fazer. Delicadamente, é informado que só se aceita marcações a partir de Setembro… Para que fique claro! Só em Setembro é que se pode lá ir marcar a consulta! Para quando… Isso logo se vê… Depende das vagas.
Daqui até Outubro, muitos dos problemas reais das pessoas, que durante os últimos quatro anos não tiveram resposta, serão o alvo de anúncios muitos, boas intenções, ainda mais. A banha da cobra já está disponível, quem quer comprar?
É sempre assim nas eleições, muitas promessas, muitos anúncios e quem está instalado no poder usa e abusa do nosso dinheiro para fazer a sua campanha.
ResponderEliminarParabéns pelo blogue.
Vou ser visita.