31 de julho de 2009
LIMPEZA URBANA
Competências Municipais
Apesar disso, é comum perceber como a má organização da recolha de resíduos sólidos, obrigação da Câmara Municipal, resulta na constante acumulação de lixo na cidade. Ao contrário das soluções encontradas pela Junta de Freguesia de Sacavém, que actualmente contrata a privados serviços de recolha de resíduos sólidos, fazendo os habitantes de Sacavém pagar duas vezes o mesmo trabalho (paga-se na factura da água e volta-se a pagar directamente do orçamento da Freguesia), importa exigir à Câmara Municipal que reponha o serviço de recolha de resíduos sólidos nos níveis de qualidade e eficácia que já tiveram. A Junta de Freguesia estará disponível para colaborar, com com soluções negociadas que não penalizem financeiramente a cidade, nem o seu orçamento. Assim, é perfeitamente possível um entendimento que aumente a capacidade de resposta, nomeadamente na recolha de monos (mobiliário velho, electrodomésticos etc…).
Competências Próprias e Delegadas na Freguesia
A Junta de Freguesia dispõe já hoje de um vasto conjunto de responsabilidades próprias e delegadas pela Câmara Municipal na área da higiene e limpeza urbana. Essas responsabilidades devem ser assumidas e os serviços devem ser organizados para que a limpeza da cidade seja constante e eficaz. Numa cidade como Sacavém é determinante o investimento na mecanização dos serviços de varrição e no apetrechamento dos serviços limpeza urbana da freguesia com os meios necessários. A limpeza de taludes, valetas e sarjetas deve acontecer de modo regular e programado. As grandes “acções de limpeza” que nas últimas semanas a Junta de Freguesia tem levado a cabo em algumas zonas da cidade são o exemplo acabado como os serviços estão mal organizados e são ineficazes. Intervém-se em SOS quando o mato e o lixo já estão para lá do razoável!
Novos serviços e abordagens
Informar e sensibilizar são também a pedra chave de uma melhoria significativa nesta área da gestão local. A Junta de Freguesia deve, em permanência, desenvolver um esforço de sensibilização junto os habitantes, empresas e comércio local no sentido da adopção de boas práticas ambientais. Ao mesmo tempo, deve encontrar as soluções mais adequadas para problemas, que só parecem crónicos, porque ainda não houve vontade de os resolver. Alguns destes problemas obrigaram a organização de novos serviços e soluções.
Para onde vão alguns dos resíduos produzidos por clínicas e laboratórios de Sacavém?
Para onde vão os entulhos de pequenas obras domésticas em Sacavém?
Para onde vão os resíduos de talhos, supermercados e restaurantes de Sacavém?
Em que nível se encontra a recolha selectiva na cidade?
Que faço eu ao meu roupeiro velho, entregaram-me o novo hoje, mas a recolha de monos em Sacavém é só daqui a 5 dias? Ficará uma semana em exposição junto ao contentor da minha rua?
Encontrar a resposta adequada para os problemas das pessoas é o primeiro passo para que elas interiorizem práticas ambientalmente sustentáveis. Informá-las é um modo de as sensibilizar para essa necessidade.
Uma cidade limpa é uma cidade que ninguém ousa sujar!
CULTURA
Por outro lado, a dinâmica cultural pode e deve desempenhar um papel importante na afirmação de Sacavém no contexto local e de dinamização social.
Nesta cidade a cultura deve ser posta na rua, fazendo dos espaços públicos os palcos das realizações e acções culturais.
Ao contrário daquilo que repetidamente nos tem sido dito sempre que criticamos a pobreza da oferta cultural na cidade, a qualidade não é elitismo. Uma política cultural promovida por uma autarquia e paga com o dinheiro de todos, deve reger-se por critérios específicos, que são, o entretenimento, a divulgação de novos criadores, a criação de novos públicos e a elevação do nível cultural geral.
No esforço de dinamização cultural a Junta de Freguesia deve procurar nas colectividades e associações da cidade os seus parceiros privilegiados.
AMBIENTE
A arborização e limpeza das parcelas públicas, a acção junto dos particulares para acções semelhantes, são duas linhas de intervenção prioritárias.
Contundo, a valorização ambiental da cidade não se esgota aqui. É necessária uma atenção às questões do ruído e da poluição visual, sendo urgente uma contenção na proliferação de painéis e suportes publicitários que inundam o espaço público e degradam a cidade.
A qualificação do ambiente urbano é um trabalho colectivo, onde cada um pode dar o seu contributo. Por isso, a Junta de Freguesia deve promover com regularidade acções de sensibilização, alerta e educação para o ambiente, dirigidas à população em geral, no sentido da alteração de práticas.
À Câmara Municipal deve exigir-se um firme compromisso com a cidade no que respeita à requalificação dos espaços públicos da cidade, e um sério esforço na requalificação do património construído. À medida que a cidade se comprime pela explosão da construção de novas urbanizações, a sua zona antiga e a área urbana consolidada degradam-se sem que se note qualquer preocupação ou acção que altere esta situação. O cinzentão não pode ser o tom do futuro para Sacavém.
A circulação e a mobilidade dos peões é outra área onde o desinvestimento e falta de atenção geraram uma situação caótica e penalizadora para os cidadãos. O reordenamento do trânsito e do estacionamento são fundamentais. Assim, é urgente a elaboração de um estudo de reordenamento e alteração da circulação em Sacavém, que tenha como linhas orientadoras o aumento das zonas pedonais e a programação de alternativas viáveis e socialmente sustentáveis para o estacionamento no centro da cidade, nomeadamente através do investimento no aumento das bolsas de estacionamento e em estruturas ligeiras.
Por fim, a cidade deve exigir a completa despoluição do Trancão e o fim da construção de rapina em Sacavém. Os últimos oitos anos hipotecaram a cidade e a sua possibilidade de modernização. Cimento não é progresso, mas em Sacavém essa foi a relação fundamental na gestão do território.
30 de julho de 2009
ACÇÃO SOCIAL
Sacavém não é excepção. O envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida, colocam novos desafios e geram novas necessidades a que as autarquias têm de dar resposta positiva. Uma política local para os idosos tem de ser, usando o palavrão, transversal, ou seja, necessita de acções específicas em quase todas as áreas (educação, cultura, lazer, espaço público e serviços próprios). O recente projecto da Organização Mundial de Saúde “Cidade amiga do idoso” alerta para a necessidade premente de adopção de novas políticas locais.
Em Sacavém, a Junta de Freguesia deve adoptar este documento como guia orientador da sua acção, aplicando-o no âmbito das suas competências e intervindo junto dos diferentes níveis do poder para que as suas acções na cidade concorram para o mesmo objectivo.
Como acções prioritárias deve-se definir as acções em torno da valorização do tempo dos idosos e a sua ocupação (desporto sénior, actividades lúdicas e formativas e participação na vida da comunidade). Outra área sensível é a criação e reorganização dos serviços de apoio aos idosos, sobretudo aos mais carenciados, na área da saúde, do apoio domiciliário e condições de habitabilidade. A Junta de Freguesia não pode perder de vista que esta inversão de políticas e acções têm de ser um esforço comunitário, pelo que deve contar com a participação em muitas destas acções com o envolvimento das instituições já existentes e convocar novos parceiros para projectos específicos, como sejam as empresas locais.
A mesma abordagem, embora com objectivos diferentes deve ser desenvolvida em relação à juventude. A prevenção da delinquência e o contributo para o desenvolvimento pessoal e social das camadas mais jovens devem ser os objectivos de todas as acções desenvolvidas. O desporto e as actividades culturais apresentam-se neste caso como as áreas estratégicas a explorar. A Junta de Freguesia deve definir junto das colectividades e associações da cidade programas e acções destinadas a esta camada da população, ajudando a dinamizar e rejuvenescer o movimento associativo. Por outro lado, é fundamental que a administração central seja sensibilizada para a necessidade de aumentar as respostas e ofertas nas zonas mais problemáticas da freguesia. Em especial na Quinta do Mocho, onde as instituições que já lá prestam serviços à comunidade são credoras de maior apoio para o alargamento dos seus serviços de acompanhamento aos mais jovens. A prevenção de comportamentos de risco é fundamental para um combate eficaz e humano à delinquência juvenil e à pequena criminalidade. Opomo-nos firmemente às intenções da Segurança Social de retirada de apoios e fecho das valências destinadas aos jovens naquele bairro, porque entendemos que o caminho deve ser exactamente o oposto.
PARTICIPAÇÃO
Pode ser o caminho mais fácil, mas é o caminho errado.
Os eleitos locais tem entre os seus primeiros deveres, o dever de informar e envolver no processo de decisão as pessoas.
A implementação gradual do Orçamento Participativo e a prática permanente de uma Gestão Participada, ouvindo as pessoas, as Associações e Colectividades na definição de objectivos e acções, mas também no seu envolvimento no próprio processo de execução é a garantia de uma prática política mais próxima das reais necessidades das pessoas.
Em troca, investe-se na propaganda e no anúncio, com a arte de quem tenta vender um sabonete.
Assim, é um desafio ainda maior, porque a participação da pessoas, resulta na existência de cidadãos mais informados, atentos e exigentes, obrigando a uma necessária elevação das acções e práticas políticas locais.
Em suma propomo-nos a dar uma vida nova a Sacavém com a participação dos Sacavenenses.
28 de julho de 2009
MUDAR, MAS PARA MELHOR
25 de julho de 2009
BIBLIOTECA DE SACAVÉM, CAMPANHA E DINHEIROS PÚBLICOS
"Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar"
Foi ontem colocada na fachada do antigo Quartel do Bombeiros de Sacavém uma enorme tela a anunciar que ali se construirá a futura Biblioteca da Cidade.
Cria-se a unanimidade no que respeita à necessidade de em Sacavém se construir tal equipamento. Uma necessidade que ultrapassa os próprios limites da Freguesia. Esta Biblioteca é igualmente importante para as freguesias da zona oriental de Loures. E por isso mesmo a CDU tem questionado a Câmara Municipal sobre a inexistência de planeamento desse equipamento. A resposta, como habitualmente, é o silêncio.
O tema da Biblioteca voltou à ordem do dia, quando, numa operação de propaganda, a Câmara Municipal decidiu inaugurar com pompa e circunstância o chamado Bibliobanco, uma ideia interessante e inovadora, mas que se tornava ridícula tendo em conta esta carência estrutural da cidade.
Isso mesmo dissemos.
Agora, a escassos meses das eleições autárquicas, chega o anúncio da sua construção. Sem dúvida que é uma data oportuna. É uma espécie de obra feita sem estar feita.
Não há decisão em nenhum órgão municipal.
Não consta em nenhum orçamento.
Não há projecto.
Não há concurso.
Há apenas uma grande e cara tela, colocada na fachada de um edifício, paga com dinheiros públicos e que apenas serve o esforço de campanha do PS.
8 anos depois, é desfaçatez.
INFORMAR E ESCLARECER
23 de julho de 2009
22 de julho de 2009
TEMOS ANTÓNIO ALEIXO!
"Os anúncios mediáticos
da propaganda socialista,
são exemplos cromáticos
de uma política irrealista.
A cara de satisfação
pela tralha tecnológica,
exemplificam a aberração
de natureza escatológica.
A leveza insustentável
difícil de aguentar,
o peso insuportável
do balão cheio de ar!"
in, Delito de Opinião
21 de julho de 2009
METRO, PDM, PROPAGANDA E CURIOSIDADES
Por vezes é preciso olhar com atenção para perceber o sentido das coisas. O anúncio da extensão do Metropolitano a Loures e a Sacavém inundou as páginas de vários jornais. Ou seja, cumpriu o seu objectivo de propaganda. E a propaganda não é algo mau. É justo e legítimo que se faça propaganda das ideias ou das realizações. É da democracia esta forma de ir ao encontro dos cidadãos dizendos o que somos, o que denfendemos e o que fazemos.
Neste momento, a Câmara Municipal de Loures tem em curso a Revisão do Plano Director Municipal. A proposta é conhecida e em relação ao Metropolitano ela encerra uma curiosidade, que demonstra o trabalho e o mérito da Câmara Municipal neste anúncio, a extensão do Metro ao concelho não consta no documento fundamental de organização e gestão do território de Loures! Esta proposta de PDM foi apresentada há 15 dias!
20 de julho de 2009
ATERRO NA MARGEM DO TRANCÃO
O aterro que a Câmara Municipal permitiu à Obriverca na margem da Ribeira do Prior Velho teve consequências desastrosas para a cidade, gerando avultados prejuízos a particulares e empresas.
19 de julho de 2009
ANÚNCIO DA EXTENSÃO DO METROPOLITANO ATÉ SACAVÉM
O PDM, actualmente em vigor, aprovado durante a Presidência da CDU, já reserva os espaços canais para o prolongamento do Metropolitano ao Concelho de Loures, nos dois corredores, Loures e Sacavém.
Na intervenção de apresentação da candidatura, no passado dia 15 de Março, fazia-se a seguinte referência “- Estivemos sozinhos, ao lado da Cidade, na exigência do cumprimento das promessas de prolongamento do Metropolitano até Sacavém.” Esta referência não era gratuita. Em Sacavém, o Partido Socialista já tinha abandonado este projecto e esta reivindicação. Não deixando de ir dizendo pela cidade, que esta nossa exigência era descabida, porque o actual prolongamento da linha vermelha (Oriente – Aeroporto) já passava de raspão em Moscavide, que “era perto”.
[A exigência da extensão do Metropolitano a Loures e à Portela e Sacavém, formulada há décadas, sempre contou com o apoio e empenhamento da CDU na sua concretização. A CDU nota com agrado que a solução agora anunciada não é a que o PS/Loures e o actual Presidente da Câmara defendiam, já que o seu Programa Eleitoral de 2005 preconizava outra bem diversa “a construção do Metro Ligeiro de superfície Loures » Odivelas » Falagueira » Algés com prioridade para o arranque da linha Loures/Odivelas “.]
Esta é, sem dúvida, a solução que melhor serve Sacavém.
[O Governo, através da solução hoje anunciada, deu razão à bem mais racional proposta da CDU de extensão do Metropolitano.
A CDU espera que a promessa agora feita não seja mais uma manobra eleitoralista e demagógica apenas destinada a ludibriar a população do Concelho em vésperas de eleições legislativas e a poucos meses das eleições autárquicas.]
18 de julho de 2009
CUIDADO CASIMIRO
Com tantas promessas em saldo e em tempo tão oportuno, ganha actualidade uma canção de 1979, sobre esta técnica ou táctica, pelos vistos já bem velhinha.
Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É pra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição
O Casimiro, talvez você não conheça
a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
mas lá no burgo, por incrível que pareça
era, mais famoso que no Vaticano o Papa
O Casimiro era assim como um vidente
tinha um olho mesmo no meio da testa
isto pra lá dos outros dois é evidentepor isso façamos que ia dormir a sesta
Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações
Lá na aldeia havia um homem que mandava
toda a gente, um por um, por-se na bicha
e votar nele e se votassem lá lhes dava
um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha
E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
e uma capela maior que uma catedral
pelo menos a julgar pela descrição
Mas... O Casimiro que era fino do ouvido
tinha as orelhas equipadas com radar
ouvia o tipo muito sério e comedido
mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar
E... punha o ouvido atento
via as coisas por dentro
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações
Ora o tal tipo que morava lá na aldeia
estava doido, já se vê, com o Casimiro
de cada vez que sorria à plateia
lá se lhe viam os dentes de vampiro
De forma que pra comprar o Casimiro
em vez do insulto, do boicote, da ameaça
disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça
Mas... O Casimiro que era tudo menos burro
tinha um nariz que parecia um elefante
sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
ser honesto não é só ser bem falante
A moral deste conto
vou resumi-la e pronto
cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
sempre cuidado pra não se deixar levar.
Sérgio Godinho : Cuidado com as imitações (Casimiro)
In: "Campolide", 1979
17 de julho de 2009
Contudo, nada daquilo que pode ser melhorado ou alterado, o será sem a participação das pessoas.
Estar informado e participar é a primeira condição para que alguém se sinta impelido a deixar o sofá e a intervir naquilo, que também lhe diz respeito, a sua cidade.
Envie-nos as suas opiniões, propostas e ideias. Directamente pelo espaço de comentário nos textos ou pelo cdusacavem@gmail.com, e tudo isto sem ter de sair já do seu sofá.
BANHA DA COBRA, O HOSPITAL DE LOURES E OUTRAS MALEITAS
Era comum encontrar nas feiras e mercados, quem vendesse este unguento milagroso que resolvia todos os males.
Em muitas das nossas campanhas eleitorais a banha da cobra readquire o seu lugar na relação com o “cliente”, neste caso o cidadão eleitor, entenda-se.
Vem tudo isto a propósito do oportuno anúncio feito pela ARS de que o Hospital de Loures “arrancará ainda este ano. Oportuno, tendo em conta o calendário eleitoral. “Talvez lá para Novembro…” Oportuno, tendo em conta que o último acto eleitoral é a 11 de Outubro.
Talvez, não tenha havido Ministro da Saúde nos últimos 12 anos que não tenha anunciado a construção do Hospital de Loures. Já se perdeu a conta à quantidade de protocolos, declarações solenes, manifestação pública de intenções que atestavam que agora é que é, mas ainda não foi.
O Hospital de Loures é um equipamento fundamental para a melhoria da prestação de cuidados médicos à população de Loures. Utilizar esta necessidade e a sua urgência deste modo é desonesto.
Nos últimos anos o caminho trilhado, tem sido o oposto do anunciado. O encerramento dos CATUS, nomeadamente no Prior Velho e Santa Iria de Azóia e o afunilamento de cerca de 150 000 habitantes no velho CATUS de Moscavide penaliza profundamente a população e em especial os mais idosos.
A não instalação do CATUS no Centro de Saúde de Sacavém, como estava previsto e muitas vezes anunciado, continua a deixar a cidade sem um serviço fundamental para uma comunidade marcada pelo envelhecimento da sua população.
A falta de investimento nos últimos anos em meios humanos e materiais, mantém em valores altíssimos a cifra desta categoria bizarra que são os “utentes sem médico de família”.
Recentemente, uma utente do Centro de Saúde de Sacavém, durante uma acção da CDU, criticou o arquitecto que concebeu o Centro de Saúde! Segundo a senhora, não percebia como é que o edifício não tinha uma pala ou uma sacada, onde as pessoas, que se começam a juntar a partir das 04h00 da manhã, para conseguirem ter uma consulta se possam abrigar!
O incómodo é justo, mas não deve recair sobre o arquitecto, que apenas concebeu um edifício, no qual pensava iriam funcionar serviços eficientes e bem organizados, que dessem resposta às necessidades das pessoas.
No centro de Saúde de Sacavém, a degradação dos serviços aos utentes da cidade é de tal ordem, que neste momento, um utente que queira marcar uma consulta, a prazo, daquelas em que se espera uns meses, não o pode fazer. Delicadamente, é informado que só se aceita marcações a partir de Setembro… Para que fique claro! Só em Setembro é que se pode lá ir marcar a consulta! Para quando… Isso logo se vê… Depende das vagas.
Daqui até Outubro, muitos dos problemas reais das pessoas, que durante os últimos quatro anos não tiveram resposta, serão o alvo de anúncios muitos, boas intenções, ainda mais. A banha da cobra já está disponível, quem quer comprar?
16 de julho de 2009
O FIM DO PARQUE TRANCÃO
De todas as pesadas marcas que a gestão da maioria socialista, em Loures e em Sacavém, deixa, aquela que em Sacavém mais vai penalizar a qualidade de vida das populações e impedir a modernização da cidade é o fim do Parque Trancão.
A decisão da Câmara Municipal de permitir à Parque Expo a construção em áreas reservadas ao parque verde na foz do Trancão, impedirá que a cidade de Sacavém venha a ter uma verdadeira área de descompressão de usufruto livre.
Esta área, reservada para um parque verde com equipamentos de desporto e lazer é necessária à cidade, ao seu desenvolvimento e à sua modernização. Por outro lado, ela restabelecia a ligação histórica de Sacavém ao Trancão e ao Tejo.
Conheça as nossas posições e acções em defesa do Parque Trancão:
15 de julho de 2009
O FUTURO DO QUARTEL DE ADIDOS, O FUTURO DE SACAVÉM!
Na definição desses parâmetros, a Câmara Municipal ignorou as preocupações e as expectativas em relação ao papel que o desenvolvimento daquela área tem para a cidade e para a resolução dos atavismos urbanísticos de Sacavém, cujos constrangimentos são do conhecimento de todos.
No Plano, que neste momento já está a ser elaborado pelo promotor, é ignorada a necessidade da resolução de problemas tão flagrantes como sejam: os relacionados com a fluidez e circulação no interior da cidade; a falta de equipamentos públicos; a existência de uma área pouco densificada que compense a enorme densificação existente.
Em oposição a estas preocupações, a Câmara Municipal, aprova a elaboração de um Plano de Pormenor que terá como referencia um índice de construção 1, majorado em 15%, e cujo resultado final será acrescentar problemas aos problemas já existentes.
No que respeita ainda à defesa do interesse público e à defesa dos interesses da Cidade de Sacavém, é com enorme apreensão que encaramos a decisão da Câmara Municipal de Loures, em entregar ao próprio promotor a elaboração do Plano de Pormenor em questão.