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28 de outubro de 2010

CÂMARA DESINVESTE NO ASSOCIATIVISMO



2010 foi um ano difícil para as associações do Concelho de Loures, 2011 afigura-se pior.
Respaldada no argumento da crise, a maioria socialista na Câmara Municipal de Loures, tem em marcha o mais cerrado ataque de sempre às associações de cultura e desporto. Durante o presente ano, a rúbrica orçamental de onde saem os recursos para o apoio financeiro e material às associações foi reduzida em cerca de dois terços, i.e. o orçamento para esta área passou de 1,8 milhões € (2009) para 600 mil € (2010). Daqui resulto uma menor disponibilidade financeira para o apoio a projecto e o correspondente aumento dos constrangimentos em que se desenvolve a actividade associativa em todo o Concelho e também em Sacavém.
Também os apoios às associações mediante a cedência de transporte sofreram uma enorme redução, tendo a Câmara Municipal de Loures passado todo o ano de 2010 em incumprimento dos vários Regulamentos de Apoio existentes. Esta situação em concreto, apresentada às colectividades e associações, como resultado de um constrangimento orçamental conjuntural, vai ser institucionalizada pela Câmara Municipal de Loures, que já informou as Associações da sua intenção de reduzir este tipo apoios entre 50% a 60%.
Com estas medidas, a Câmara Municipal assume a sua escolha de fazer recair sobre as Associações do Concelho os custos de opções políticas erradas.
Com estas medidas, a Câmara Municipal recusa reconhecer ao Movimento Associativo o seu papel insubstituível na mobilização dos cidadãos, na oferta popular de cultura, desporto e recriação. Recusa recolher ao Movimento Associativo o seu papel fundamental na integração e coesão sociais, papel tão mais importante, quanto mais difíceis são as circunstâncias económicas e sociais do Concelho.
A CDU considera que este caminho está profundamente errado.
Se o momento é de contenção, poupança e rentabilização, então nada melhor do que encarar as Associações e Colectividades do Concelho como parceiros privilegiados para a promoção da cultura e do desporto, rentabilizando o maior activo que elas podem oferecer à comunidade, centenas de activistas e voluntários.
Se o município carece de efectuar cortes nas suas despesas, deveria começar exactamente pelas despesas, e não pelos investimentos na cultura e no desporto.
Há muito que a CDU vem denunciando os gastos sumptuários em viaturas para vereadores, assessores e dirigentes. Almoços, festas e viagens para comitivas, empregos para amigos e familiares. Há muito onde ajustar a despesa, lá onde ela não traz quaisquer benefícios à comunidade.

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