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13 de março de 2013

A NOTA DOMINANTE DA GESTÃO SOCIALISTA NO PRIOR VELHO É A FALTA DE QUALIDADE


Parada no tempo, a gestão do PS no Prior Velho é marcada pelo improviso, que se pode dizer que se justificava há quase quarenta anos na forma de gerir uma autarquia, é pela total falta de ideia ou projecto consistente, que nos dias de hoje de enformar um projecto autárquico.
O Pior Velho, sendo uma freguesia com autonomia administrativa relativamente recente, tem condicionantes históricos com peso e que estão na base de muitos dos problemas existentes ainda hoje. A sua proximidade a Lisboa tornou este espaço apetecível para a instalação de inúmeras actividades económicas, nem sempre as mais qualificadas, e cuja inserção no território acabou por ser feita de modo pouco planeado. A degradação do parque habitacional, com a existência de inúmeras vilas e pátios com poucas ou nenhumas condições de habitabilidade e a existências de significativos núcleos de barracas, que desde os anos 60 do sex.XX marcam a fisionomia da freguesia são a sua herança mais pesada. A Quinta da Serra é o último e paradigmático exemplo desse passado recente, que teima em manter-se.
A possibilidade de requalificação urbana aberta pela eliminação de muitos desses núcleos de barracas e a consequente ocupação do espaço com novas urbanizações com planeamento, que também permitiriam a fixação de novos residentes e por essa via uma recomposição social da freguesia, foi completamente desperdiçada nos últimos 12 anos.
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia não avançaram um passo na requalificação urbana do núcleo mais antigo e degradado da freguesia.  As poucas intervenções feitas pela Junta de Freguesia no espaço público situam-se entre o despesismo e a pura e simples falta de bom gosto, continuando-se a fazer obras sem projecto, coerência ou o mais que exigível enquadramento técnico e arquitectónico.
A falta de qualidade nos serviços de limpeza urbana e manutenção de zonas verdes não encontra paralelo em mais nenhuma freguesia deste concelho. Foram vários os serviços públicos e à comunidade que perderam qualidade ou simplesmente deixaram de existir.
Não existe uma aferível política cultural e desportiva local que contribuíssem para tornar o Prior Velho, mais que um dormitório, um espaço urbano vivo, com uma nova identidade própria e que simultaneamente ajudasse a criar laços de coesão social numa freguesia socialmente desagregada.
Por fim a Quinta da Serra, algo inaceitável no dia de hoje, um exemplo de incúria e falta de humanismo. Nada que se consiga justificar em pleno séc. XXI. A Câmara Municipal de Loures conseguiu provar que é possível transformar algo mau em algo ainda pior, transformando um bairro de lata numa inacreditável lixeira, onde ainda vivem pessoas, velhos e crianças que quotidianamente são forçadas a conviver com as mais inqualificáveis condições.

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